sexta-feira, 2 de abril de 2010

De onde veio a vida?


Criação x Evolução: Como determinar?


Por Charles Colson

Em 1967, astrônomos ficaram maravilhados ao descobrir pulsações de rádio vindas do espaço. "Nosso primeiro pensamento", disseram, "era que aquilo seria uma outra raça inteligente tentando se comunicar conosco". Eles chamaram os sinais de "PHV" - Pequenos Homens Verdes.

Mas o que eles tinham descoberto era um pulsar, uma estrela rotatória que imita uma onda de rádio.

Como os cientistas podem dizer se uma coisa está vindo de uma fonte inteligente ou natural? Quando você pensa sobre isso, esta é a pergunta no cerne do debate criação X evolução: Como podemos dizer se a vida se gerou por causas naturais ou se foi criada por um ser inteligente?

Pensemos por um momento sobre algumas analogias. Imagine que estamos viajando pela Dakota do Sul, nos EUA, e vemos uma montanha com os rostos de quatro presidentes esculpidos nela. Imediatamente reconhecemos o trabalho de um agente inteligente. Ninguém diria que o Monte Rushmore é um fenômeno natural. Ou então imagine encontrar uma placa de sinalização ao lado de um córrego. Ninguém atribuiria sua forma à erosão da água.

Essa habilidade de distinguir trabalho humano de produtos da natureza é crucial para a arqueologia. Cavando a terra da Mesopotâmia, o arqueólogo tem que decidir se o seu achado é um pedaço de pedra ou um pedaço de barro quebrado.

É verdade que o mundo físico pode produzir um padrão regular, como as ondulações na areia da praia ou as pulsações de rádio que enganaram os astrônomos, levando-os a pensar que tinham achado Pequenos Homens Verdes, mas o que a natureza não pode sozinha produzir é complexidade.

Imagine que estamos andando ao longo de uma praia e encontramos algumas palavras escritas na areia: "João ama Maria". Imediatamente reconhecemos um nível diferente de ordem das ondulações ao redor - o que os cientistas chamam de complexidade. Ou imagine que estamos olhando para o céu e vemos alguma coisa que tem aparência fofa e branca como uma nuvem, mas que soletra as palavras "Beba Coca Cola". Sem nenhuma dúvida concluímos que essa não é uma nuvem comum, e começamos a olhar ao redor em busca de um piloto de avião escrevendo coisas no céu.

Veja só: experiências comuns de todo dia nos dão uma boa idéia de coisas que a natureza é capaz de criar por si mesma e coisas que só podem ser criadas por uma fonte inteligente.

Então o que isso nos diz sobre a origem da vida?

No âmago da vida está a molécula de DNA. Geneticistas nos dizem que a estrutura do DNA é idêntica a uma língua. Ela age como um código - um sistema de comunicação molecular dentro de uma célula.

Em outras palavras, quando os geneticistas testaram o núcleo da célula eles encontraram algo análogo a "João ama Maria" e "Beba Coca Cola".

É claro que o DNA contém muito mais informações que essas frases simples. A molécula padrão de DNA contém tanta informação quanto uma biblioteca pública. Então se "João ama Maria" teve que ser escrito por um ser inteligente, quanto mais um código de DNA?

Você não tem de ter um conhecimento sofisticado de química e genética para responder aos desafios da evolução. Baseado na experiência comum (tudo que é científico deve, acima de tudo, basear-se na experiência), você pode dizer como argumento que a vida foi criada por um agente inteligente.
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